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Terça-feira, 10 de Junho de 2025

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Com aval do papa, Vaticano proíbe bênção a união gay e chama homossexualidade de pecado 2m5l4w

Órgão doutrinário afirma não ser discriminatório, mas diz que 'Deus não pode abençoar' relações fora do ideal de matrimônio 1i48p

Newto Santos
Por Newto Santos
Com aval do papa, Vaticano proíbe bênção a união gay e chama homossexualidade de pecado
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​O Vaticano anunciou, nesta segunda-feira (15), que padres e outros ministros da Igreja Católica não podem abençoar uniões entre pessoas do mesmo sexo e que tais bênçãos não serão consideradas lícitas se forem realizadas. Segundo nota oficial divulgada por um dos órgãos responsáveis por estabelecer diretrizes para os católicos, "Deus não pode abençoar o pecado". 2i471h

A Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) emitiu a decisão em resposta a perguntas enviadas por algumas paróquias que expressaram o desejo de conceder tais bênçãos como um sinal de boas-vindas aos gays católicos, já que a Igreja atualmente não permite o casamento homossexual.

A resposta, que recebeu o aval do papa Francisco, foi negativa, embora a CDF tenha reconhecido o pedido como "motivado por um desejo sincero de acolher e acompanhar os homossexuais" e ajudá-los a crescer na fé. O órgão disse que a decisão "não se destina a ser uma forma de injusta discriminação, mas sim um lembrete da verdade do rito litúrgico".

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Papa Francisco durante missa celebrada na Basílica de São Pedro, no Vaticano - Tiziana Fabi - 14.mar.21/Reuters

A nota da CDF afirma ainda que, uma vez que o casamento entre um homem e uma mulher é um sacramento e as bênçãos estão relacionadas ao sacramento do casamento, elas não podiam ser estendidas a casais formados por pessoas mesmo sexo.

“Por esse motivo, não é lícito dar bênção a relacionamentos, ou a parcerias estáveis, que envolvam atividade sexual fora do casamento (ou seja, fora da união indissolúvel de um homem e uma mulher, aberta em si mesma à transmissão da vida), como é o caso das uniões entre pessoas do mesmo sexo."

Segundo o Vaticano, a proibição da bênção não se restringe a uniões homoafetivas, mas a todo modelo de relacionamento ou exercício da sexualidade que não corresponda ao ideal católico, dentro do matrimônio. A decisão não exclui, porém, a possibilidade de que bênçãos sejam concedidas a "pessoas com inclinações homossexuais que manifestem a vontade de viver em fidelidade aos desígnios de Deus".

Manifestantes com cartazes de Nossa Senhora de Czestochowa sob o arco-íris LGBT, em apoio a ativistas processadas na Polônia . /Kaer Pempel - 7.mai.2019/Reuters

No ano ado, o papa defendeu que casais homoafetivos sejam protegidos por leis de união civil, numa declaração considerada a mais forte já dada por um pontífice em defesa dos direitos das pessoas LGBT.

"Pessoas homossexuais têm o direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deveria ser descartado [dela] ou ser transformado em miserável por conta disso", disse o papa no documentário "sco", lançado em outubro.

A Igreja Católica autoriza o casamento apenas entre um homem e uma mulher e historicamente se opõe a outras formas de união. Os ensinamentos católicos consideram atos sexuais entre pessoas de mesmo gênero um pecado, embora indiquem que pessoas LGBTs devem ser tratadas com dignidade.

Francisco, que lidera a Igreja desde 2013, adotou postura mais aberta no tema, mas não mudou dogmas da instituição, como a decisão divulgada nesta segunda-feira deixou claro. O pontífice disse que jamais poderia julgar um gay, sinalizou que os católicos devem acolher crianças de casais do mesmo sexo e já recebeu transexuais e defensores do aborto em audiências.

Um dos principais opositores ao casamento gay na Igreja é o papa emérito Bento 16. Em uma biografia autorizada publicada em maio do ano ado, ele comparou a prática ao "anticristo". "Há um século seria considerado absurdo falar sobre casamento homossexual. Hoje, quem se opõe a ele é excomungado da sociedade. Acontece a mesma coisa com aborto e criação de vida humana em laboratório", afirmou.

Para ele, "a sociedade moderna está formulando um credo ao anticristo que supõe a excomunhão da sociedade quando alguém se opõe".

O ano de 2020 trouxe progressos consideráveis em termos de proteção legal para pessoas LGBT, mas a relação entre pessoas do mesmo sexo ainda é considerada um crime em 69 países, de acordo com o principal relatório mundial sobre o tema, divulgado anualmente pela ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais).

Ser homossexual no Brasil deixou de ser crime em 1831. Antes disso, ainda vigia a lei colonial segundo a qual quem cometesse "o pecado da sodomia" deveria ser "queimado e feito por fogo em pó, para que nunca de seu corpo e sepultura possa haver memória".

O casamento civil entre pessoas de mesmo sexo foi autorizado após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de 2011 e de uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), de 2013.

FONTE/CRÉDITOS: Folha de São Paulo
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Newto Santos

Publicado por: 222tc

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