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Sabado, 07 de Junho de 2025

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Abin só teve certeza de atos na Esplanada no dia 8, diz ex-diretor 116a3d

Saulo Cunha não soube se as informações da Abin foram readas para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, então chefiada por Anderson Torres. 3r5cy

Newto Santos
Por Newto Santos
Abin só teve certeza de atos na Esplanada no dia 8, diz ex-diretor
© Lula Marques/ Agência Brasil
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O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência Saulo Moura da Cunha disse nesta terça-feira (27), em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o órgão só teve certeza da ida de manifestantes à Esplanada dos Ministérios, no próprio 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro depredaram as sedes dos Três Poderes. 

Cunha prestou depoimento como testemunha de defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, na ação penal sobre um golpe de Estado, que teria sido tentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. 

Cunha relatou que a Abin emitiu alertas sobre manifestações convocadas para o 8 de janeiro a partir do dia 2, mas que somente teve certeza de que os manifestantes seguiriam para a Esplanada dos Ministérios no próprio dia dos atos, depois de uma espécie de assembleia realizada no acampamento montado por bolsonaristas em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. 

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“Até a manhã do dia 8, nossos analistas não tinham convicção se efetivamente haveria uma decisão para o deslocamento para a Esplanada”, disse Cunha. 

“As nossas fontes nos informaram que às 8h50 da manhã houve uma assembleia e que, aí sim, se identificou que a manifestação iria à Esplanada”. 

Nesse horário, a Abin alertou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre o rumo tomado pelos apoiadores de Bolsonaro, disse Cunha, que não soube responder se as informações foram readas para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, então chefiada por Anderson Torres, e responsável pela proteção aos prédios públicos. 

Cunha relatou que somente ou a ter contato com a secretaria na noite anterior aos atos violentos, após ter entrado em contato, por iniciativa própria, com a então subsecretária de Segurança Pública Marília Ferreira de Alencar, única mulher denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento com a trama golpista. 

De acordo com Cunha, só então a Abin ou a ter interlocução com a secretaria, por meio de um grupo onde estavam representantes de mais 15 a 20 instituições. 

“Naquele momento, a Abin já havia começado a alertar sobre convocações para invasão e depredação de prédios públicos, que começara a identificar em 6 de janeiro”, disse. 

Questionado se o GSI alertou a Secretaria de Segurança sobre o caráter violento dos atos, ou se na manhã de 8 de janeiro reou a informação sobre a ida dos bolsonaristas para a Esplanada, Cunha disse não ter controle sobre o que é feito com um alerta após ele ser emitido pela Abin. 

Ele afirmou, de todo modo, que desde a transição de governo a Abin já produzia relatórios sobre a presença de “pessoas com discursos extremistas” nos acampamentos montados em frente às instalações do Exército por todo o país. 

Segundo o diretor da Abin, relatórios sobre o tema foram encaminhados ao GSI e à Polícia Federal à época, ainda durante o governo Bolsonaro. 

FONTE/CRÉDITOS: Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil

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